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"Saiba como responder (bem!) às perguntas de uma entrevista de emprego".

Vaga certa


"  Saiba como responder (bem!)
às perguntas
de uma entrevista
de emprego"


Por Mônica Vitória • 02/09/2009
"Você está ali, cara a cara com o avaliador, aquele que decidirá se o emprego será seu ou não. Enquanto você acompanha os ponteiro do relógio, o interrogatório começa. Como responder "certo" e saber se a impressão passada será boa? Ser sincera, exagerar, omitir, mentir - o que fazer para conquistar a vaga? Se o candidato não estiver preparado, as perguntas do recrutador podem se tornar verdadeiras armadilhas.
Omitir pode, mentir jamais

Camila Mariano, consultora de Recursos Humanos da Catho, afirma que esta etapa do processo seletivo é um momento muito importante, em que o gestor da empresa vai conhecer o candidato mais a fundo e ver se ele se encaixa no perfil que procuram. "Por este motivo, nunca se deve mentir", enfatiza.
Silvana Case, vice-presidente executiva do grupo Catho, concorda com Camila: "Mentir, jamais! A verdade é a única resposta válida. Omitir pode ser viável, caso algo não lhe seja questionado. Causar uma boa primeira impressão se faz necessário sempre com uma boa dose de marketing, mas vale lembrar que marketing e mentira não são sinônimos", assevera Silvana.
Honestidade e sinceridade são essenciais. Ninguém é perfeito. O candidato deve saber que há pontos a desenvolver, entender quais são e ser franco o suficiente para admiti-los
Prepare-se antes

Segundo Camila Mariano, os avaliadores querem identificar e comprovar as competências da pessoa. "Em geral, pedem-se situações em que o candidato possa mostrar ações e iniciativa", explica. A consultora ressalta que se preparar antes para saber o que responder na hora da entrevista é válido e muito vantajoso. "Fazer uma lista, tendo em mente aquelas questões mais comuns, e já pensar no que dizer deixa a pessoa mais segura e menos nervosa no dia", garante.
Dentro desta preparação, deve-se incluir uma boa pesquisa sobre a companhia. "Ao mesmo tempo em que o candidato é avaliado pela empresa, ele também precisa avaliá-la para saber se realmente quer trabalhar ali. Por isso, procurar o máximo possível de informações é fundamental, inclusive aspectos culturais da organização e o estilo de gestão", esclarece Marina Vergili, diretora da empresa de Recursos Humanos Transition RH. Quanto mais informações se tem, mais será possível direcionar perguntas e impressionar o entrevistador.


Para que você se prepare adequadamente e tenha mais chances de se dar bem nas entrevistas, o Bolsa de Mulher pesquisou as perguntas mais freqüentes feitas pelos gestores de empresas e pegou algumas dicas valiosas de como você deve respondê-las. Preste atenção e segure sua vaga:
- Fale sobre você. Quais são seus pontos fortes (qualidades) e fracos (defeitos)?
Essa é a hora de fazer o marketing pessoal. Destaque qualidades que interessem à empresa, de maneira direta. Segundo as consultoras, o candidato precisa mostrar que possui um autoconhecimento real. "Conheça a si mesma e tenha pronto em mente um resumo sobre como você se vê", indica Silvana Case.
E nem pense em omitir os defeitos ou citar "perfeccionismo" como ponto fraco: esse tipo de resposta não cola mais! "Honestidade e sinceridade são essenciais. Ninguém é perfeito. O candidato deve saber que há pontos a desenvolver, entender quais são e ser franco o suficiente para admiti-los. Não adianta esconder os pontos fracos, pois o avaliador poderá perceber boa parte deles na entrevista", aponta Marina Vergili. "É importante mostrar como pode resolver isso e o que está fazendo ou pretende fazer para melhorar", acrescenta Camila Mariano.
- Por que devemos contratá-lo? Como você poderá contribuir para o desenvolvimento e crescimento da empresa?
Marina Vergili explica que o recrutador quer medir qual o entendimento que o candidato tem de si mesmo e da empresa. "Ele quer saber por que o entrevistado quer trabalhar ali e por que quer aquela posição", define. Mais uma vez, destaque seus pontos positivos, mas sem deixar a apresentação repetitiva. Informe como pode trazer benefícios ao trabalho. Neste momento, é interessante deixar claro que conhece bem a empresa - claro, se realmente pesquisou sobre ela. "Por isso a pesquisa prévia é importante. Ela pode ser feita através de internet, revistas, conversas com pessoas que trabalham ou trabalharam lá", reforça a diretora da Transition RH.
- Quais são seus objetivos? Como você se vê em cinco anos?
O avaliador quer saber o que você espera da empresa e do cargo para ver se a vaga se encaixa a você. Foque somente nas espectativas profissionais, nada de "pretendo me casar e ter dois filhos". "Diga o que pretende fazer na sua área e mostre que tem interesse em um plano de carreira definido", aconselha Camila Mariano, da Catho. Seja específico e objetivo. Se quer ser gerente em determinada área, diga exatamente isso. Demonstrar ambição é bom, mas não exagere na dose: muito provavelmente você não conseguirá a presidência da companhia em cinco anos, por mais que deseje isso.
- Fale sobre realizações e resultados que você tenha alcançado em sua carreira ou último emprego.
A pergunta é bem direta, mas algumas pessoas se enrolam porque não têm experiência profissional suficiente. Neste caso, o candidato pode falar de alguma idéia sua que tenha sido aproveitada, de um trabalho que foi positivo ou elogiado, ou de algo que tenha ressaltado sua eficiência de alguma forma - seja em um emprego, em um estágio ou mesmo na vida acadêmica. "Se o profissional conseguiu desempenhar um projeto ou uma tarefa importante em menos tempo, ou com menos custo, isso já um resultado positivo", menciona Camila.
- Descreva uma situação difícil que teve que enfrentar. Como fez para resolvê-la?
Com esta pergunta, o candidato mostra como reage diante de obstáculos e problemas, como se comporta (se entra em desespero, por exemplo) e se tem criatividade para resolver ou lidar com a situação. "Quem não tem uma boa história profissional para contar pode falar de uma situação pessoal mesmo, que seja relevante, e que tenha superado bem - se perder em uma cidade desconhecida, por exemplo", diz Marina Vergili, da Transition RH. A vice-diretora executiva da Catho, Silvana Case, dá mais um conselho: "Tenha em mente que em nosso cotidiano enfrentamos situações diversas e eleja a menos comprometedora para você. Evite falar de situações que envolvam questões políticas, religiosas e com conotações sexuais".
As referências serão levantadas pela empresa, então, se você pediu demissão ou foi demitido, diga a verdade e explique de forma clara as razões
- Como você avalia a empresa em que trabalha ou trabalhou? Por qual motivo você saiu (ou quer sair) dela?
A regra aqui é: jamais falar mal da antiga empresa ou dos ex-colegas, nem sob tortura! De acordo com Camila Mariano, não se deve enfatizar os problemas da companhia, mas sim os pontos positivos - o que conquistou neste trabalho, o que aprendeu etc. Sobre o motivo da saída, não minta em hipótese alguma. "As referências serão levantadas pela empresa, então, se você pediu demissão ou foi demitido, diga a verdade e explique de forma clara as razões", recomenda Marina Vergili.


- Você prefere trabalhar sozinho ou em equipe?
Mostre-se disposto a trabalhar sob qualquer uma dessas condições. É claro que isso vai depender do momento e do cargo que você exercerá. Na maioria das áreas, há tarefas que são mais bem desempenhadas em equipe e outras que são mais produtivas quando feitas por apenas um profissional. "Mas querer trabalhar individualmente, sempre, não é um bom sinal. Pode demonstrar dificuldade de relacionamento, egoísmo", ressalta Silvana Case.
- Qual sua pretensão salarial?
Se ainda não se falou sobre salário até então, é comum que o próprio gestor, neste momento, toque no assunto e já diga quanto você ganhará se for contratado, segundo Camila Mariano. Se isso não acontecer e ele fizer a pergunta, mencione o seu último salário para usá-lo como parâmetro. Marina Vergili, no entanto, aconselha o candidato a fazer, antes, a avaliação do quanto realmente precisa para viver bem (sendo realista) e, ao dizer o resultado ao entrevistador, deixar claro que este valor pode ser negociável.
- Você estaria disposto a mudar de cidade ou país? E trabalhar além do horário de trabalho?
Para Silvana Case, esta é uma questão importante. Se a empresa e o cargo requerem viagens ou mudanças, você deve se preparar para tal. "Em uma empresa localizada em diversos estados e cidades, ocorrer uma transferência (às vezes com uma promoção junto) é usual; porém, se por questões de foro íntimo não houver esta disponibilidade, seja honesto e, sucintamente, explique a razão", recomenda.
Sobre trabalhar além do horário, Silvana argumenta que a necessidade de ficar na empresa além do expediente normal é cada vez mais comum e é preciso estar atento: "Quem trabalha contando os minutos que faltam para sua saída está com seus dias contados no competitivo e globalizado universo corporativo. Mas é claro que limites existem e devem ser respeitados, principalmente se o profissional estuda ou faz cursos de atualização à noite".
- Por que você escolheu essa carreira?
Fale a verdade: seja por influência dos pais, amigos, interesse pessoal, sonho antigo ou porque foi a opção do momento. Mas, acima de tudo, mostre que ama o que faz. "E se não amar, melhor buscar alternativas, pois terá cada vez mais dificuldades de competir e ganhar daqueles que amam o que fazem", recorda Silvana. Ela ressalta que demonstrar negativismo, em qualquer ocasião da entrevista, é prejudicial. "Uma empresa contrata um profissional para resolver sua necessidade. Mostre alto astral sempre - ele faz toda diferença e pode mover montanhas. Todos gostamos de ter na equipe pessoas positivas", afirma.
- O que você costuma fazer no seu tempo livre?
Esta pergunta serve para verificar o nível cultural do candidato. "Assim, o recrutador vê se ele está dentro do perfil dos outros funcionários da organização e em que hábitos está inserido", explica a consultora de Recursos Humanos da Catho. Mas não só isso. A diretora da Transition RH conta que algumas perguntas, como a que pede para falar dos hobbies do candidato, são bastante estratégicas: "A forma como a pessoa gerencia sua vida pessoal e social também pode dizer muito de como ela gerencia sua carreira. Da mesma forma, há empresas que desejam saber sobre o lazer dos funcionários porque não desejam que eles se portem como workaholics, que vivem 25 horas por dia em função do trabalho", conclui Marina. A vice-diretora executiva da Catho, Silvana Case, sugere que trabalhos voluntários devem sempre ser mencionados - se você realmente os fizer, é claro."

fonte:
msnbrasil

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